Mãe de Dom Pedro II e de outros seis filhos. Esposa humilhada por um marido, Dom Pedro Primeiro, que colecionava amantes.
Essas imagens mais conhecidas da história de Dona Leopoldina não são tudo.
Só recentemente historiadores passaram a chamar atenção para o protagonismo da princesa austríaca, que embarcou para o Brasil para um casamento de conveniências.
Para o escritor Paulo Rezzutti, autor de Dona Leopoldina, a história não contada, a austríaca que se encantou pelo Brasil tem protagonismo na história da independência muito antes do sete de setembro.
Articuladora, sagaz e poliglota. Apesar de todas as humilhações, Leopoldina passou a agir para manter o reino para os filhos. Segundo a historiadora Mary Del Priore, autora do livro A carne e o sangue, sobre a família imperial, Leopoldina percebeu que era necessário participar ativamente da política para preservar o trono para os filhos.
Uma princesa que soube se impor. Essa é a avaliação do historiador Clóvis Bulcão, autor do livro Leopoldina, a Princesa do Brasil.
Os historiadores entendem que o machismo impediu que o protagonismo de Leopoldina fosse mais retratado.
As novas leituras sobre as ações dela mudam também o olhar sobre a história da Independência do Brasil.
Edição: Beatriz Arcoverde – Agencia Brasil