Quando o prefeito Emerson Maas foi na sessão da Câmara de Mafra para tentar justifica a compra de material para uso da rede municipal de Educação, entre outras coisas, afirmou que um dos objetivos era igualar as demais escolas ao nível do chamado Colégio CEMMA.

Na ocasião, o Prefeito, além de defender o kit de material também chamado de Apostilas, por mais de R$ 2,5 milhões, acusou o vereador Jonas Schultz de ter feito denúncia referente a licitação par ao Ministério Público.

Pior que isso, o Vereador foi humilhado pelo Prefeito (que apelou para o lado pessoal), quando fazia uso da tribuna livre, com a conivência do Presidente da Câmara, o qual tinha autonomia para cortar sua fala, no momento em que fugiu do contexto em pauta.

Depois, o Sindicato do Servidores Públicos Municipais de Mafra desmentiu o Prefeito,  relatando e  mostrando que foi autor da denúncia ao MPSC. E mais, que Emerson Maas, no dia que fez uso da palavra na Câmara, tinha conhecimento disso, pois não se tratava de denúncia anônima.

Votação: derrota esmagadora

Passado esse episódio, o Prefeito e a Secretária Municipal de Educação, lançaram um movimento para convencer pais e alunos do CEMMA – Centro de Educação Municipal de Mafra, para mudar do atual sistema de Apostilas do POSITIVO para o modelo recém-adquirido pela Prefeitura.

Ou seja, a intenção do Prefeito, seria em sentido contrário: nivelar o sistema de Ensino do CEMMA com as demais escolas do Município.

Isso porque foi adquirido pela Prefeitura um pacote para atender 4.714 alunos da rede municipal, segundo palavras do próprio Prefeito. E esse número de apostilas isso precisaria ser “empurrado” para as escolas.

Mas, diante da reação esboça por pais e alunos, a APP do CEMMA achou bem bem fazer uma votação aberta e democrática, para ver quem seria a favor ou contra a mudança de Apostilas, saindo do Positivo para o novo Modelo Municipal.

A votação foi realizada em assembléia da APP convocada para esta segunda-feira, 06, à noite e, por unanimidade, os pais decidiram manter o atual sistema de Educação com suporte de Apostilas do Positivo.

Mesmo isso custando um valor bimestral de R$ 200,00, pago pelos pais para a APP da Escola, sempre citada como diferenciada em Mafra.

Os motivos básicos seriam dois:

Primeiro, porque haveria uma quebra (interrupção) brusca no ciclo do sistema atual do CEMMA, exigindo uma readaptação dos alunos, e no meio do ano letivo em curso.

Segundo, porque, conforme avaliação prévia de pais e especialistas, o nível do Modelo de Apostilas adquirido e proposto pela Prefeitura, é inferior.

E, sendo assim, haveria um retrocesso para o Colégio CEMMA, com risco de não se conseguir voltar ao padrão atual a curto e médio prazos.

A votação unânime também pode ser vista como resposta a uma espécie de “propaganda enganosa” do Prefeito, sobre a qualidade do novo modelo de apostilas .

Vereador questiona alto investimento da Prefeitura

Sobre este assunto, que continua sendo polêmico, não só nos bastidores da rede escolar, mas também nas redes sociais, o vereador Jonas Schultz, que apontou falhas, e suspeita de irregularidades na licitação, postou vídeo no seu facebook.

“… Como já falei na Câmara, isso não me cheira bem…”

Jonas segue questionando a licitação (que teve participação de uma única empresa do setor), e também pergunta agora, com a decisão dos pais do Cemma (com 1.050 alunos), qual será o destino dessas apostilas  excedentes?

Além disso, Jonas aponta excesso de alunos que estariam matriculados, nesse universo de 4.714 informado pelo Prefeito.

“…Tem uma sobra aí que também é suspeita…”

E também levanta questionamento sobre o Colégio Agrícola de Mafra, se essas apostilas seriam adequadas para os alunos, visto que a Escola Municipal também tem um modelo diferenciado, voltado à lida do campo?

“… O que eu quero saber agora é o que vão fazer com as apostilas… vão deixar jogadas lá numa sala da Secretaria de Educação?… “

> AcessE o vídeo aqui: https://fb.watch/dxZxsLMKFm/