Empresa investigada na CPI da Cosip de Mafra é alvo de denúncias em outras cidades, aponta relatório prévio

Vande e Jonas, Presidente Relator da CPI/arquivo

A CPI da COSIP  caminha para o desfecho final, que é a apresentação do relatório para discussão e votação em plenário.

Na manhã desta sexta-feira, 22/10, o presidente da CPI, vereador Vanderlei Peters (Vande), o relator Jonas Heide, e assessores legislativos, ouviram mais duas testemunhas que haviam sido indicadas no decorrer dos trabalhos investigativos, sendo esta a última etapa das chamadas oitivas.

Trata-se do ex-vereador Edenilson Schelbauer e  servidor público municipal efetivo desde 2003 Francisco Kojikovski, com conhecimento técnico e atuação funcional na área de iluminação pública, através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano.
Inicialmente, o relator da CPI, Jonas Heide, explicou que o servidor foi chamado pelo seu conhecimento técnico na área, e por ter sido citado como fiscal de contratos de Iluminação Pública entre a Prefeitura de Mafra e empresas do setor, em 2018.
Francisco, por sua vez, esclareceu que trabalhou como fiscal e monitor de lâmpadas apagadas apenas durante contrato feito com a empresa Quark, e não durante outra empresa investigada na CPI, a Energipar.
 O relator começou a direcionar as perguntas a partir de uma tabela de preços de materiais elétricos na tela do notebook. Entre uma extensa lista de materiais e produtos elétricos, Jonas indagou ao servidor sobre a referência de preços de alguns itens.
Perguntou sobre preço por metro de fiação elétrica, e constatou que os valores da lista estavam muito abaixo do mínimo , pois estavam cotados em centavos. Cabo de cobre sentenax por R$ 0,21 centavos o senhor compraria?, perguntou
Francisco respondeu que sim… em tom de brincadeira (pois estava muito barato)
  Depois perguntou sobre preço de lâmpadas para iluminação pública. Sobre uma lâmpada em metal de vapor Francisco disse que deveria custar cerca de R$ 90,00. Jonas disse que a empresa citada vendia ao Município por 4 reais.
E assim foi citando outros itens, incluindo postes de concreto de 11 metros, na faixa de 60 e 90 reais.
A tese levantada pelos membros da CPI é a de que a empresa Energipar não prestou serviços de manutenção na rede municipal de Iluminação Pública de Mafra, conforme suspeitas. Pois os preços apresentados na licitação estão fora da realidade. Jonas suspeita que tal empresa estaria apenas cobrando uma mensalidade, na casa de R$ 40 mil, sem a contrapartida dos serviços executados, ao longo de 2019, 2020 e início de 2021.
Além disso, diligências feitas pela CPI não encontraram os endereços de sede da empresa, em Araucária e Foz do Iguaçu, no Paraná.
Vande e Jonas também adiantaram na Câmara que depois descobriu-se que a empresa investigada está envolvida em uma série de escândalos, denunciados já inclusive em rede nacional de televisão.
Sendo assim, com base nas informações até agora levantadas, a CPI aponta a suposta formação de uma quadrilha em Mafra, segundo relatou Jonas Heide.
Prazo para conclusão
Sobre prazos para concluir os trabalhos da CPI, o presidente Vanderlei Peters acredita que será possível dentro de duas semanas, no máximo.
Jonas Heide, como relator, disse que espera concluir o relatório no início da próxima semana.
Em seguida, será analisado pela Comissão e levado ao plenário da Câmara, para discussão e votação.
A expectativa é que antes de encerrar o ano legislativo de 2021 ocorra o desfecho da CPI, que  segundo o Relator deverá pedir a devolução de valores acima de R$ 3 milhões, entre outras penalidades que podem ser aplicadas aos responsáveis, diante dos indícios apontados.
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Redação JIRIOMAFRA.COM

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