UFPR convida setor florestal a conhecer estação em Rio Negro

Joseane Knop/Forest News/reprodução

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) quer aproximar o setor florestal da Estação Experimental Florestal de Rio Negro. O espaço promove um centro de pesquisas aplicadas no segmento, possibilitando o crescimento tecnológico e produtivo da área no Brasil.

A estação foi criada em 1966 e conta com 130 hectares, sendo localizada na cidade de Rio Negro (PR) e conta com 20 espécies de coníferas (gimnospermas), como pinus e sequoias, e 12 espécies de folhosas (angiospermas), em especial os eucaliptos.

O espaço ainda conta com espécies florestais nativas, como araucária, erva-mate, imbuia, abacateiro do mato e aroeira, bem como árvores frutíferas, como pessegueiros, videiras, goiabeiras, ameixeiras, palmeiras butiá e araçazeiros. Os principais intuitos da estação são a manutenção de remanescentes florestais nativos e na condução de plantios experimentais de diversas espécies.

Dessa forma o espaço permite que empresas e outros agentes do setor florestal possam desenvolver ou aperfeiçoar processos em um ambiente rico em biodiversidade e localizado às margens da BR-116 – um dos principais corredores logísticos da produção brasileira, incluindo para os segmentos de madeira, papel, celulose e afins.

“Temos um fluxo grande de empresas do setor florestal passando aqui por perto. E um dos objetivos da Universidade não é apenas trazer os alunos aqui, mas também a extensão. Queremos trazer um público que não está próximo atualmente desse ambiente para um Dia de Campo, aplicação de produtos e muitas coisas dentro desse sentido. Não queremos ficar fechados dentro do nosso mundo e sim, agregar valor para essas estruturas”, explica o professor e Coordenador do Curso de Logística Florestal da UFPR, Renato Robert.

A estação tem recebido investimentos nos últimos anos para melhorar a infraestrutura do local. Como por exemplo o Laboratório de Abastecimento e Mecanização Florestal – LAMEC que oferece dois tipos de vertex: um responsável pela medição da área e distância entre as copas das árvores e o outro que permite a análise métrica de pilhas de cavacos.



“Com apoio de Fundações de Pesquisas, conseguimos melhorar nossas estruturas, possibilitando visitações e estabelecer novas parcerias dentro do setor florestal”, pontua o Prof. Dr. Richardson Ribeiro, Responsável pelas Estações Experimentais Florestais do Setor de Ciências Agrárias da UFPR.

Ribeiro também menciona que foi criado na Estação o Centro Educacional das Estações Experimentais Florestais, com o objetivo de apoiar novas parcerias, projetos de ensino, pesquisa e extensão com a comunidade externa.

Essas melhorias permitiram que a UFPR ampliasse o espaço para receber as empresas criando o complexo florestal- máquinas e equipamentos. Esse local é dividido em três setores:

  • O primeiro é chamado de coworking e tem justamente essa finalidade. Receber empresas e agentes do setor florestal para reuniões, encontros, palestras e outras atividades que permitam a troca de conhecimento;
  • O segundo é o laboratório, com foco na disposição de equipamentos florestais como medidores de densidade, serras, motosserras e afins;
  • E o terceiro é destinado a um espaço sensorial, onde as empresas poderão aplicar conceitos e processos em simuladores e outros equipamentos de realidade virtual.

“Antigamente era uma situação. Hoje está completamente diferente. Exemplo foi a nossa parceria com a Timber, em que uma das primeiras aplicações de defensivos agrícolas da empresa via drone do grupo foi aqui. Precisamos que o setor florestal amplie sua visão sobre o mercado e aqui eles podem ter o contato com espécies que eles não encontram no dia a dia e podem aplicar novas práticas para melhorar suas atividades”, finaliza Robert.

CHIMARRÃO FAZ BEM?

 

A diretora da Forest, Joseane Knop, visitou a estação e afirmou que o espaço tem grande potencial para ser utilizado pelo setor privado por empresas fornecedoras de tecnologia e produtos, desde a silvicultura, manejo, conservação, colheita, transporte e indústria em prol do desenvolvimento do setor florestal, algo que é raro de se encontrar no mercado.

“É fundamental essa parceria entre as instituições de ensino e os empresários. Esse espaço permite a aplicação em campo de soluções e processos, com uma vasta oferta de espécies, é um verdadeiro centro de pesquisa a céu aberto. Além do projeto em desenvolvimento que é inovador, com a construção de uma sede focada em treinamento e intercâmbio de conhecimento entre Brasil e outros países”, completou.

Joseane Knop/Forest News

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